Sei na nítida nobreza desse teu semblante
da saudade que persiste.
E embora abundes em festas e afazeres
no teu peito cala, com certeza, essa agonia,
a mesma que corroi meu canto,
arrepia entranhas e provoca calafrios
na carne derramada em sangue.
Misericórdia, imploro, inutilmente...
nada te emociona do que vem de mim!
Nesse apelo explícito e manso,
despejo em versos e lamentos
nos papeis que vejo,
o claro desespero que me arrebenta.
Desfaz, por favor, a incerteza
de não ser a dona desse teu desejo!
O medo implora em póstumos arrepios:
Descansa em mim tuas mãos,
unge-me em calma mansidão
e deixa que em mim disperse-se
as faíscas desse último desejo.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
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