Antes que comece o dia
Olha a sua face
Nos espelhos espantados
De outras faces
(Á sua que se quer mistério)
Sai depressa, faceira
Balançando os quadris
Esgueirando-se da luz
Fugindo do dia que começa
Avessa a outros rostos
A caminho da ruina
Recolhe da ponta dos sapatos
Pedaços de espelhos partidos pelos saltos
E a saia que balança ao vento
Desmantela o esconderijo
Depõe, covarde, sem pudor,
Delineia em lúcidas centelhas
Um cenário incontestável
Que revela os seus segredos
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário