sábado, 5 de junho de 2010

Olha no espelho o contorno da boca
Os olhos na varanda de luz alaranjada
As curvas laterais arredondadas
Rugas que nascem em profusão - é vida.


Nitidamente vê o prato colorido de comida
Para ser perfeito
E o verde que aquieta as cores no quadro.
Carece de amarelo-luz, coloca preto.
"Preto é um buraco na tela" -
Buracos negros nas telas! -  Decreta.

O barulho do mundo atormenta
Quando precisa de paz e silencio
Para deixar crescer dentro dela
A terrível planta que vai destruí-la
E comê-la  farta sanguesuga.

Atrapada na garganta de um caranguejo
(venham , venham, fontes benfazejas,
despejem-se sobejo entre as pernas da adorável Cinderela)

Nada como quem se pretende mar
E oscila entre o perfume e a podridão
O amor e escuridão
Indecisa entre rimas, ora...navega..
Desafios partem ao meio o cérebro
Quer apenas essa parte anuviada,
Tenieblas, párias e poetas.

Nenhum comentário: