quarta-feira, 30 de junho de 2010

No envelope branco, escrito numa letra firme estava o seu nome. Beijou o remetente no papel frio.
Subiu as escadas de dois em dois e, esquecida por alguns instantes da premência fisiológica, rasgou com os dentes como pode, e tirou de dentro o livro. Arrancou o plástico bolha que protegia o conteúdo e leu a dedicatória.
Sentiu-se feliz como uma pluma que se desgarra do corpo que a prende e voou feliz para o banheiro.
Depois do banho tomado, a cabeça enrolada na toalha branca, deitou confortavelmente na cama e começou a ler.
O sono pegou-a de surpresa e dormiu abraçada ao primeiro capítulo, mas, ao acordar,
sabia que ele estava ali. Devorou-o.

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