domingo, 24 de janeiro de 2010

Línguas Negras

e os artífices mudam a cada instante.
mazelas, credos e crendices
atrapalham o trânsito...
mudam-se constantemente.
novas armas lhes
apontam,
agressividades inculcadas e semiocultas fazem-lhe encanto
em frágeis armadilhas de absinto,
apontam os dardos e atiram a esmo.
fraquezas sustentam os seus cantos e mixórdias.
línguas negras e
seus adjetivos asfixiados.
corpos tatuados... mentes em anestesia
penínsulas arrastadas pela correnteza...
subsistem de palavras que odeiam e riquezas que não lhes pertecem.
sobrevivem
da inveja e rastreiam o ódio com a pólvora de um incenso.
fazem sátiras e correm com destreza,
imaginam-se imunes e superiores -
indigentes - cobrem de tristeza o próprio corpo,
desfilam falsos
dentes brancos, fumam seus cigarros e exalam a fumaça do desprezo
pelos que viveram, apontando as farpas de suas línguas negras em
paródias mal feitas e falsas cópias do tempo de absinto,
esse tom amargo de quem não deseja e sente

viajantes raros de um planeta da esperança (o porvir) desfeita.

Nenhum comentário: