quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

EU DARIA TUDO QUE TIVESSE

Daria tudo que tivesse.

Ou metade.

(Não, é melhor dar "tudo que tivesse")

Talvez assim te ganharia e aquele beijo que perdi.

Ai, de novo vi tuas mãos moverem-se em direção ao encanto e amarelei.

Fiquei parada, pasma... totalmente desajeitada.

E o beijo veio e foi-se na mesma velocidade.

Perdi. Endereço, cartão de telefone, celular.

Achatada, a tribo me ignorou.

Vencida, voltei para o meu canto onde o desencanto faz magia negra e me amedronta.

Franzo olhos, testa e sobrancelhas (talvez botox?).

Envelhecida, cansei nessa viagem.

Eu e o meu casaquinho vamos ser de novo aporrinhados com palavras feias e versos desmedidos.

Estamos sós de novo, mas valeu a tentativa.

Um casaco se lava, mas a alma, essa pobre...coitada!

Um comentário:

Anderson H disse...

Um belo trabalho. Há um tanto de delírio e o verbo se transforma em muitos pontos.