quarta-feira, 11 de agosto de 2010

falar com as paredes

- Esqueça as promessas, esqueça os beijos, esqueça as mãos que se arrastavam silenciosamente pelas curvas, esqueça tudo. Me esqueça!
Digo às paredes mornas do calor da tarde, que parecem escutar entre a solidão que se arrasta no meio  delas.
Tornei-me amiga das paredes. botei-lhes nomes e endereços: parede da sala, da
cozinha..
O  analista me perguntou (no tempo em que eu era pirada): você fala sozinha? Pior, doutor, não só falo como respondo.
Falo com as paredes, quem não fala...?

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