segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ainda sob efeito

Fluoxetina, é isso? A doutura me recomendou. Não receitou porque não pode. Mas recomendou. Aí eu tomei duas doses de poesia, algumas gotas de cachaça, umas latinhas de cerveja. Ao lado, um cara enorme tocava um violão delicioso -  outra dose. A Ingrid acompanhando com sua voz tímida e sua doçura forte abençoada por uma mãe maravilhosamente companheira. Tomei uma pequena dose de inveja.
O César amigo que me recolheu na porta do cemitério no penúltimo sarau e sua namorada meiga e curiosa com tanta intimidade entre gente mal desconhecida, foi uma dose alegria vê-lo tão bem se refazendo da tragédia, Deus te abençõe.
- Quem é você? Perrone, não acredito!
- E você, Wilson R? -  como é diferente das fotos! E esses olhos verdes?
My God, estão chegando Ruy&Ruth!...Olha que coisa mais linda essa mulher e esse homão.
- Pensei que você era gay. - E sou, bem...! Prazer te conhecer pessoalmente.
Pausa para um beijo ardente.  Não preciso mais da substância.
Vou  escutar o "mar beixando a areia", e desapareço por uma meia hora o que foi suficiente para deixar a minha divina artista e anfitriã (Edeline) preocupada.
- Giovanni, Baby! - você é lindo! Ele  acrescentou que de noite fica mais bonito ainda. Tem testemunhas.
Closes na abundância da Blá-Blá. O encarregado de assuntos eróticos (Perrone) fez o trabalho. Uau! Uma dose de sensualidade tambem está na receita. Beleza, outro ingrediente.
Essa menina chamada Bárbara derrama tudo com a maior naturalidade: meiguice, poesia, sensualidade fresca e seriamente perigosa, outra dose.
Dizem que fiquei "chapada". Overdose quando o Boni olhava dentro dos olhos da platéia em estado de choque enquanto ele declamava o Wilson. Como era mesmo o nome da Humanidade?
A Tv papocava para todo o lado, e nosso RP, muito assediado. Excyting.
O Cris me ofereceu umas palavras tão assombrosamente receptivas quase ao meus ouvidos: muito prazer, bemvinda, credo! Nunca fui tão bem querida. A dose aumentava. A doutora não tinha receitado tanta fartura. Cuidado! Ela dizia com os olhos. Mas a fluo...como é mesmo...? me endoidava.
Nas vezes que o Ruy pegou o violão e entoou umas autorias, foi a dose de emoção que faltava, alem da voz da Rutinha declamando suas profundidades.
Chegou um casal distribuindo dose bem alta de palavras, letras bordadas num livro bonito. Deu de graça. Over, over...!
Foram dois Henriques, eu confundi. Já estava para lá de ... Ubatuba. estava em Paraty.
Agosto de 2010.

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