seus olhos cegos
e brilhantes
nadavam
náufragos
na escuridão
braços caminhavam
e pernas
impeliam...
corpo ao nada.
destino ignorado
respirava
o ar pétrido
gélido da madrugada
nas mãos um saco de pão
e a bengala branca
o vento gelado
entumescia
donde lágrimas desciam
no rosto enrijecido
(feito Lázaro
fiz-me vento
ao seu lado)
domingo, 18 de julho de 2010
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