quinta-feira, 22 de julho de 2010

poema texto da tua fala II (O Reencontro)

Enquanto falavas, debruçava-me nas tuas palavras
Deliciava-me com os teus delírios.

Onde andavas, moço - que te conheci tao velho..? (rimos)

Enquanto falavas, o turbilhão aceso das tuas palavras
Mais que ácidos, mais que estrelas, estraçalhavam
O mínimo de consciência que restava.

Teus braços longos percorriam a toalha.

Dedilhavas uma música intoncável com teus dedos ágeis
Perdido em outras nuvens, outros amores (eu tambem de mim)
Homem alvo do cabelo ralo.

Desenho um tempo irrecuperável
Na marca de batons mutáveis da tua boca
Entre céus estranhos, climas, ruas, elementos diferentes.

Era então amor?

Pergunto:
Aquela sensação de ficar juntos, mãos sentadas,
Tamborilando bossa e balbuciando a letra da "nossa" canção...
O que nós chamamos fossa?

E enquanto falas, e ainda tamborilas
As palavras simples da canção aos meus ouvidos,
Penso que breve, muito breve, vamos nos amar de novo.

"Bate outra vez, com esperança no meu coração...
Pois já vai terminando o verão...enfim!"

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