segunda-feira, 17 de maio de 2010

Como o ritual da oração, prostro-me diante do teclado e começa a longa série de escritos que se originrão ao longo do dia. É difícil vencer a antecipação mal agourada de que o dia vai ser um tédio. Para compensar, no diário da velha maluca, uma esperanç;a? quem sabe acontece alguma coisa? O pior de tudo é que sei que coisa pode acontecer. pois as sensações de que estou precisando agora envolvem dinheiro: sim, ir a uma loja de artigos artísticos e comprar, num longo crediário, as caras telas e tintas de que preciso para dar início ao meu trabalho funcionário de pintar. Sim, preciso voltar à rotina, à sujeira e bagunça das tintas, à contemplação dos resultados, sempre refeitos à exaustão. Há um ano nõa pego nas telas, apenas desenhos mal feitos e nunca terminados, sem esmero como sempre foram e totalmente grotescos. Àcida crítica, não tenho porque não sê-lo. Pois se a concorrência é imensa, como posso me dar ao luxo de pintar qualquer coisinha e colocar lá na galeria? Uma moldura bonita num desenho fulerage pode dar certo. Posso tentar. Bah, vou tratar de comprar as telas e as tintas. Escrever parece que não é minha praia hoje.

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