domingo, 16 de maio de 2010

"Amanhã, outro dia.
E ela, a tristeza?
A agonia?
Uma e outra, e a certeza:
Profunda euforia."

Gritos? - Reconheço-os. Sei de onde veem e para onde partem; Sei de onde ardem e que dor provocam. Não poderia dizê-los, mas você sabe. Não poderia descrevê-os , embora os possa sentí-los, mas você sabe. E no seu semblante onde desabam nuvens amarelas e às vezes cor-de-rosa, desaguam as profundezas de um inferno e de um céu que você domina, e que lhe pertencem;. Gostaria de escrever usando a segunda pessoa "tu", a pessoa do poeta. Diria palavras, palavras, palavras, mas você já as disse todas. A poesia que te leva, então "tu" - a viajar nas nuvens, é que te salva dessa multidão de erros que é a vida, a andar sobre as águas, atingindo as profundezas, e, ao mesmo tempo, evitiando o soçobrar, a angústia de ser náufrago sobre a superfície.
A doação da tua alma em palavras, essas de que tanto necessito, bálsamos em nuvens amareladas e azuis que são as nuvens que te navegam, e por onde eu vou.....Doa, entao, essa parte do teu ser tão doce e às vezes inatingível...a quem tanto as necessita. Bálsamos cor-de-rosa, ou podem - densa cores que assombram os universos que a tia se alinham, num mesmo firmamento de cores.Não vais mudar o mundo, tu, apenas vais acrescentar à poesia que se perde em meio aos rancores de seres famélicos de amores. Doa-te - a mim, faz falta.

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