quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

nada de novo no tédio

Avassalador. Apenas duas bananas apodrecidas em cima da geladeira, e a plantinha que a mãe deu de presente, murchinha, murchinha...Ela perguntou: você deixou a planta sozinha, sem água? Não, ela não perguntou se ela estava sozinha, com sede.


Era sempre assim, um viés, um atalho, mas nunca, nunca, a verdade. Ou não havia verdade - a segunda hipótes! - grita o coro emburrecido. Coisas e balangandãs são muito importantes para ela. Oh, ela! Almodóvar, Woody Allen, alguns scripts do Véio China, e a cena estava perfeita. Apenas o Penny se salva nessa história, e algumas adjacências mal faladas do pobre corpo, já tão esquecido há algumas horas, jogado alí, em cima do tapete...sem coberta alguma, apenas nu, como a alma estava - ainda poderiam sobreviver. Uma vez ela pintou tanto a cara que ficou parecendo uma índia pronta para a guerra, apesar de índia não usar pintura de guerra, ou usa? A comparação pode ter sido infeliz, horrível mesmo, mas ela não queria ficar parecendo aquela coisa, sabe, aquela inominável para a sua mãe. Ela não era, nem pensar...

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