terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sinto fome. Um buraco no estômago. Abro a geladeira. Leite desnatado, uma quentinha com a tampa de alumínio toda amassada, lixo para ela, eca! Três tangerinas azedas, uma bandeja de queijo gosmento e mortadela meio arroxeada - claro, lixo! No armário da cozinha: duas latas de milho verde, uma caixa com um restinho de sucrilhos light, óleo, um pacote de arroz. Nada de miojo, nada de macarrão, nada que simplifique a minha vida. Alguns pacotinhos de chá...procuro mais alguma coisa, uma lata de sardinha poderia ser a salvação...oh my God! Nada. E a fome aperta. Um ovo! Não - tá estragado, dá para ver, tem cara de ovo estragado. Não, não vou cheirar nada, tá maluco?
E a fome aperta.Coca-cola, mas coca-cola não é comida. Nem uma latinha de cerveja que equivale a um bifinho e dois ovinhos.
Vou ter que vestir uma roupa e sair para comer aquela lasanha de dez reais que trago para casa e fico comendo ainda por três dias. É uma resolução difícil essa, mas a única possível. Veja bem (vou mudar essa expressão), tenho que decidir se vou ou não comer lasanha por três dias seguidos, mais uma vez.
Tempos difíceis.
Tempos difíceis.

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