Desfaço do tempo
o tempo enganado
não passa de heroi
herói atrasado
Desfaço da lua
que brilha no céu
não passa de estrela
que mata o passado
Desfaço do homem
que me enganou
e da mulher mui bonita
que meu homem levou
Desfaço do prato
do pão de cada dia
e cuspo na mesa
que o diabo aprontou
Desfaço da noite
e suas insônias
enquanto os gritos
embalam meus sonhos
Desfaço a feiura
com traços e formas
que faço no espelho
que aos poucos deforma
Desfaço do vento
que assanha cabelos
e levanta as saias, e
mostra as vergonhas
Desfaço as vergonhas
que o tempo assumiu
e desfaço os nós
no caminho senil
Elisa.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário